A área

Parque São Vicente - Mauá - São Paulo
Conhecido como buracão, meados dos anos 80, boa parte dessa área foi aterrada com material de demolição, descarte de fundição, lixos, lodo de rios, lixo do Cemitério Santa Lídia. 


Devido ao acumulo do lixo, várias vezes o trator realizou a limpeza da área, essa que era feita da forma mais fácil, empurrando tudo para dentro do "Buracão".
O descaso com essa área sempre foi tamanho, que as nascentes, afluentes do Rio Tamanduatei, foram assoreadas. O esgoto foi lançado a céu aberto, tudo para descaracterizar as APPs (área de preservação permanete)
  
"APPs significa Áreas de Preservação Permanente. Elas nos acompanham em nosso dia a dia e estão por todas as partes. No caminho ao trabalho, nas áreas urbanas, peri-urbanas ou rurais, passamos sem perceber por dezenas de APPs. Elas são determinadas só pelo efeito da lei (o Código Florestal e suas modificações) e, por isso, não têm sinalizações especiais.

APP é mata ciliar na beira de canais, riachos, rios, lagoas ou lagos. Também é vegetação natural em encostas muito acentuadas e é duna, restinga, manguezal e outros ecossistemas ameaçados. O denominador comum das APPs é que são indispensáveis para manter a vida humana e a sua qualidade.

Cada vez que se noticia a morte de mulheres e meninos soterrados pela lama numa favela ou numa zona rural, isso ocorreu porque a APP não foi respeitada. Cada vez que as inundações arrastam automóveis e alagam vilas ou bairros é porque as APPs foram destruídas. Metade das vezes que uma população padece de dor de barriga ou sofre envenenamento coletivo, é porque uma APP foi violada e nela se instalou uma vila, uma indústria ilegal ou uma exploração de minerais. APP não é unidade de conservação. Seu objetivo não é proteger a diversidade biológica, nem os cenários naturais. A finalidade das APPs é, simples e diretamente, proteger a vida humana.

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Por que defendemos a criação do Horto São Vicente?

Especialistas respondem:

“Os principais problemas de saúde na sociedade sempre estiveram relacionadas à vida em comunidade e é preciso criar ambientes e condições sustentáveis para garantir a saúde e qualidade de vida”, explicou a professora doutora do Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da USP, Adelaide Cássia Nardocci.

“O modelo de excluir a mata e ocupar as margens dos rios na Região Metropolitana de São Paulo é um mal exemplo que não deve ser seguido”, afirmou o arquiteto e urbanista especializado em Planejamento Metropolitano, Renato Tagnin. Ele defendeu que é preciso valorizar as condições que a natureza produziu e reconhecer os limites tecnológicos, sociais e ambientais. “O rio é resultado da cidade. Para limpar o rio é preciso limpar a cidade”, concluiu.

Esses especialistas participaram do 4º Simpósio Nascentes o Rio e A Cidade realizado em nossa cidade, os mesmos pediram atitudes imediatas. 

Um dos temas abordados: Interesses econômicos entram em conflito com a qualidade de vida, mudanças são indispensáveis.

Confira: http://www.maua.sp.gov.br/pNoticia.aspx?NoticiaID=660